A Empresa Nacional de Bilhética (ENBI), que gere o Sistema de Bilhética Integrada (SNBI), quer travar fuga de capitais no sector dos transportes em Angola e apoiar o Governo no processo de arrecadação de receitas.
Em declarações à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o porta-voz da ENBI, Celso Ferreira, disse que olha para o sector dos transportes com “muita preocupação”, por isso trabalham para dinamizar e mudar a mobilidade no país.
“Cada passageiro que acede a um autocarro é registado no Sistema de Bilhética Integrada. Logo, no final do exercício, conseguimos avaliar o valor arrecadado pelas operadoras. Isso facilita as empresas a manterem o controlo das receitas”, detalhou à margem da 4ª edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (ANGOTIC-2024).
Com uma base de dados alargada, precisou, o SNBI consegue fornecer dados sobre a mobilidade, nomeadamente a localização dos autocarros, dos passageiros e identificar as rotas mais frequentes.
Questionado sobre a quantidade de passes já emitidos, referiu que, até a data, foram emitidos cerca de 10 mil passes sociais estudantes nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla, no âmbito do “GiraMais”, título de transporte recarregável para deslocações urbanas realizadas nos transportes públicos colectivos de passageiros.
Celso Ferreira informou, por outro lado, que os taxistas e mototaxistas vão ser integrados no Sistema Nacional de Bilhética Integrada.
“Estamos a fazer o processo piloto a nível da província de Benguela. Vamos começar também em Luanda para que os passageiros, com um passe GiraMais, possam beneficiar desses serviços”, concluiu.