As 33 empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE) cabo-verdiano reduziram os prejuízos para 2,2 milhões de escudos, no segundo trimestre do ano passado, com o volume de negócios a aumentar 24%, comparativamente ao período homólogo de 2021.
Os dados constam no Relatório de Desempenho do SEE, publicado pela Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE) e divulgado pelo Ministério das Finanças de Cabo Verde, relativo ao segundo trimestre de 2022.
De acordo com o documento, as empresas públicas cabo-verdianas registaram, de Abril a Junho do ano findo, um resultado líquido negativo total superior a 247,1 milhões de escudos (2,2 milhões de euros), melhorando (83,8%) o desempenho face aos 1.527 milhões de escudos (13,8 milhões de euros) de prejuízos no mesmo período de 2021.
Já o volume de negócio destas 33 empresas, entre detidas a 100% ou participadas pelo Estado, em áreas como transportes, serviços, comunicação social, entre outras, ascendeu nos mesmos três meses a mais de 11.242 milhões de escudos (102 milhões de euros), equivalente a 21,3% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano.
Trata-se de um aumento de 24% face aos mais de 9.063 milhões de escudos (82,2 milhões de euros) do segundo trimestre de 2021, e um desempenho que “confirma a recuperação da economia do país, após os impactos das recentes crises, no entanto, ainda afectada pelos efeitos da guerra na Ucrânia, que tem agravado o preço das matérias-primas, energia e de bens de primeira necessidade”.
Do total das empresas, a ASA (gestão dos aeroportos), a Electra (produção e distribuição de electricidade e água), a Emprofac (importação de medicamentos), a Enapor (concessionária dos portos), a imobiliária estatal IFH e os Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), registaram um aumento de 31,9% do volume de negócios, totalizando 5.967 milhões de escudos (54,1 milhões de euros). Só estas seis empresas contribuíram com 53,1% da facturação do SEE cabo-verdiano no segundo trimestre de 2022, segundo o relatório citado pela Lusa.
*José Zangui