O vice-presidente da Corporação Financeira Internacional (IFC) para a Europa e América Latina, Alfonso Garcia Mora, considera que as empresas portuguesas têm sido tímidas na internacionalização, defendendo que há boas oportunidades nos mercados americanos.
“Portugal e as empresas portuguesas têm sido tímidos no posicionamento internacional das suas empresas, e podemos ajudar as companhias a irem para os mercados da América Latina e de África, apoiando e co-financiando o investimento noutros países”, disse Alfonso Garcia Mora.
Em entrevista à Lusa à margem da participação no EuroAmericas Forum, que decorreu esta semana em Carcavelos, o responsável afirmou: “O nosso objetivo é levar as empresas portuguesas para o próximo nível, irem para África e América Latina; estamos já a trabalhar com empresas portuguesas na Colômbia e no México, por exemplo, mas queremos abrir estes mercados para as empresas portuguesas, que vão encontrar muito boas oportunidades de negócio” nesses países.
“O que costumo dizer às empresas é que venham connosco, temos uma equipa no local, temos o conhecimento do mercado, temos instrumentos de financiamento, temos a chancela do Grupo Banco Mundial, e quando deixarmos de ser relevantes ou necessários, afastamo-nos”, disse Alfonso Garcia Mora, citado pela Lusa.
Como exemplo do trabalho que pode ser feito com apoio a IFC, empresa do Grupo Banco Mundial centrada no apoio ao setor privado, fornecendo financiamento, acompanhamento e estudos preparatórios sobre o novo mercado ou país para onde a empresa quer expandir a sua actividade, referiu que o volume de investimento feito pelas empresas espanholas com a IFC foi, no último ano, de 2,5 mil milhões de euros.
Na Europa ocidental, DIZ A Lusa, a IFC não financia projectos, apenas faz o acompanhamento das empresas que se querem expandir para outros mercados.