As empresas moçambicanas dos mais variados sectores de actividade fecharam Setembro a registar ligeiras recuperações, com o sector privado a entrar por quatro décimas no nível de expansão económica, de acordo com o Índice dos Gestores de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado pelo Standard Bank local.
Divulgado esta Sexta-feira, 8, o índice revela que o valor de referência de 50 ficou acima no mês de Setembro, ou seja, um total de quatro décimas a mais, após a descida para os 47,9 em Agosto, o que indica uma ligeira recuperação nas condições das empresas, após o alívio das restrições associadas à Covid-19.
Com a situação da pandemia a entrar para um nível de controlo geral, as novas encomendas recuperaram de forma moderada. Depois do declínio verificado em Agosto, a criação de emprego acelerou à medida que a confiança foi aumentando, mas a produção continuou a cair, embora de forma ligeira.
Citado pela Lusa, o economista-chefe do Standard Bank, Fáusio Mussa, destaca que o índice de produção ficou abaixo do valor de referência de 50 pelo segundo mês consecutivo, mantendo a coerência com as previsões de uma lenta recuperação do crescimento para este ano.
“Os dados relativos ao mês de Setembro demonstram um declínio das infecções provocadas pela Covid-19 para uma média diária abaixo dos 200 casos, em comparação com a média de 870 em Agosto e de 1.423 em Julho, durante o pico da terceira vaga da pandemia”, justifica Fáusio Mussa.
Assim, o novo panorama da Covid-19 a ser controlada, tem permitido um alívio das restrições. Entretanto, a “disponibilidade limitada de vacinas ainda expõe o país ao risco de medidas mais restritas, em caso de um aumento das infeções”, o que implica um certo grau de incerteza para os negócios.
A confiança nas empresas aumentou em Setembro para um valor de 81,9, o que pode indiciar uma “aceleração da produção nos próximos 12 meses à medida que a situação de segurança melhore e as restrições associadas à pandemia sejam reduzidas”, concluiu o estudo
O Purchasing Managers’ Index (PMI) publicado pelo Standard Bank resulta das respostas de diretores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do setor privado.