Algumas empresas financeiras africanas já usam a Inteligência Artificial (IA) no seu dia-a-dia nos serviços de selecção de clientes, que visa fazer o rating para atribuição de créditos e determinação para ofertas dos compradores, disse em entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA o CEO da Innovation Makers, Vítor Rodrigues.
O responsável apresentou um trabalho feito na área académica, em Portugal, sobre inteligência artificial e, explicou as vantagens que a mesma pode trazer para actividade bancária e atendimento.
“Em África, temos oito bancos que usam, actualmente, a inteligência artificial, nomeadamente, o KCB Group do Quénia, Diamond Bank da Nigéria, Baobab do Senegal, Nedbank e Absa Bank da África do Sul, Ecobank, Standard Bank e M-Pesa, esses três últimos de vários países africanos”, citou Vítor.
Segundo o gestor, mais de 250 milhões de pessoas acedem o site “CHATGPT” (uma ferramenta de inteligência artificial) todas as semanas. A Innovation Makers está há mais de dez anos em Angola, estando actualmente emprnhada em trabalhar em projectos de inovação com IA.
A estatística, de acordo com o CEO da empresa, “mostra que a IA não irá acabar com os postos de trabalho, mas vai criar o dobro de postos de trabalho”. Para isto referiu Vítor Rodrigues, as pessoas têm que estar preparadas com formações académicas, de maneiras a estarem à altura dos novos desafios que a inteligência artificial traz.
Na visão do gestor, a inteligência artificial “vai impactar positivamente e negativamente a vida das pessoas, trazendo desafios e riscos, lhes colocando diante de nova situação em que não estarão em posição de responder de imediato”.
“Portanto, da mesma maneira que quando surgiram os carros e um conjunto de tecnologias trouxe desafios, mas temos que ver como ultrapassar os desafios, porque as vantagens que traz são maiores”, garantiu, acrescentado que não se deve olhar para estes desafios como condicionantes, mas tirar o melhor que eles trazem.
Um projecto de novas máquinas que trabalham com inteligência artificial foi lançado, em Julho deste ano, em Luanda pela Innovation Makers. As máquinas estão formatadas para reconhecimento de identificação de documentos que vão permitir abertura de conta, atendimento, depósitos e autenticação.
Em Angola há 150 máquinas e já se encontram em algumas províncias do país, nomeadamente em Cabinda, Benguela, Huíla, Malanje e Namibe. Conforme garantiu Vítor Rodrigues, os equipamentos, em questão de segurança, conseguem lançar alerta de avisos de riscos quando as contas estão sendo invadidas.
*Napiri Lufánia