As 232 empresas angolanas registadas pelas autoridades do sector peptrolífero do país podem gerar um total de 16 mil postos de novos empregos, de acordo com as previsões do Ministério dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, pela voz do seu secretário de Estado, José Barroso.
As estimativas de criação de empregos neste sector nevrálgico da actividade petrolífera foram apresentadas, hoje, na capital angolana, na segunda conferência sobre Serviços e Tecnologias na indústria petrolífera, organizada pela Associação Empresas Prestadoras de Serviços da Indústria Petrolífera Angolana (AECIPA), em parcerias com vários operadores do sector.
As declarações do governante angolano tiveram como base a nova legislação do sector aprovada pelo Governo para o fomento da actividade de prestação de serviço à industria petrolífera. Para José Barroso, no âmbito da implementação do decreto presidencial 271/20, de 20 de Outubro, a Agencia Nacional de Petroléo e Gás (ANPG) publicou, por via do seu website, uma lista de bens e serviços e os requisitos que habilitam as sociedades comerciais de direito angolano em particular para o desenvolvimento da actividade de prestação de serviços à indústria petrolífera em Angola.
Segundo o responsável, com este instrumento, estão lançadas as bases para que os empresários nacionais possam concorrer e participar nos concursos de fornecimento de materiais e equipamentos, bens se serviços, em função dos regimes definidos na legislação corrente sobre o conteúdo local.
“Em Angola estão registadas, pelo menos, 232 empresas de conteúdo local que podem garantir mais de 16 mil postos de trabalho, principalmente para quadros e técnicos angolanos”, garantiu o secretário de Estado para Petróleo e Gás, quando discursava na abertura do certame que juntou quadros do sector, nacionais e estrangeiro a operarem no país.
Ao apontar as vantagens do encontro entre os técnicos do sector, José Barroso considerou que o conteúdo local na indústria petrolífera é um tema da responsabilidade da ANPG, na qualidade de concessionária nacional sob supervisão do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
O responsável diz não ter dúvidas de que a discussão do tema deverá constituir-se “num meio privilegiado” para avaliação dos planos anuais submetidos pelas sociedades comerciais do sector petrolífero e as demais sociedades que forneçam bens e prestem serviços ao nosso sector.
“Esperamos que durante os trabalhos desta conferência se possam produzir propostas concretas que ajudem o Governo, e em especial a ANPG, na materialização do novo diploma legal, o decreto presidencial 271/20, de 20 de Outubro”, apelou o governante.
O secretário de Estado não deixou de reconhecer, também, o papel decisivo que os operadores da inndústria de prestação de serviços tiveram por altura da paralisação generalizada da actividade de perfuração nos campos petrolífero por conta da pandemia. Destacou que, apesar das consequências da pandemia, os prestadores de serviços não baixaram a aguarda. Ou seja, mantiveram operacionais as suas actividades noutros dominíos.
“Apesar desta restrição, apesar da paragem da mobilidade, gostaríamos aqui de realçar a atitude que consideramos positiva da indústria e principalmente da indústria de prestação de serviços, que mostrou adaptabilidade, compreensão, mas sobretudo resiliência”, apontou o responsável.
Participam do encontro várias empresas do sector petrolífero, assim como as de prestação de serviços à indústria, num evento que deve durar três dias. Esta Terça-feira, 23, estiveram em debate os temas “oportunidades em pesquisa e produção em Angola” e “evolução da participação de empresas nacionais, desafios e futuras estratégias de desenvolvimento”.