A SpaceX, empresa fundada pelo milionário Elon Musk e Swarm recebeu da parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) do Brasil um período de licença que se estende até 28 de Março de 2027, para os direitos de exploração de satélites de baixa órbita naquele país lusófono sul-americano.
O órgão regulador das telecomunicações do Brasil, a Anatel, explicou que a operação no país do sistema Starlink consiste em uma constelação de 4.408 satélites de baixa órbita, que permitem oferecer internet a locais remotos.
De acordo com o seu director, Emmanoel Capelo, “é do interesse da empresa o provimento de acesso à internet em banda larga para clientes distribuídos em todo o território brasileiro, o que, certamente, será bastante oportuno para escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em regiões rurais ou remotas.”
A SpaceX não foi a única empresa do ramo a receber esses privilégios. Também a Swarm, uma empresa emergente de conectividade via satélite, ganhou direitos de exploração e uso de radiofrequências, até 7 de Setembro de 2035. Com isto, a Swarm, que em Julho de 2021 chegou a um acordo para ingressar na SpaceX, pretende, a médio prazo, colocar em operação a constelação Swarm, composta por 150 satélites em órbita não geoestacionária.
Em Novembro do ano passado, o ministro brasileiro das Comunicações, Fábio Faria, reuniu-se com Elon Musk, nos Estados Unidos, para se informar sobre o sistema de satélites idealizado pelo também fundador da Tesla e buscar um acordo.
Para Fábio Faria, a operação da Starlink no Brasil possibilitaria o monitoramento mais eficiente da extracção ilegal de madeira na Amazónia e das queimadas.
O sistema Starlink permite o acesso à rede por meio de pequenas antenas fáceis de instalar em qualquer lugar onde os provedores regulares de internet não alcancem. Nos Estados Unidos, o equipamento custa cerca de 500 dólares e a mensalidade é de 99 dólares.