O governo são tomense “ainda tem esperanças de chegar a um acordo com a EDP nos termos tarifários mais favoráveis para a população do Príncipe, de modo a que estas mesmas populações não sejam penalizadas quando comparadas com a tarifa a ser aplicada na ilha de São Tome em relação à energia fotovoltaica”, soube a FORBES em primeira mão. Em causa está a instalação de uma central de produção de energia renovável na Região Autónoma do Príncipe, cujo projeto estaria bem encaminhada para as mãos da EDP.
No entanto e, “aconselhados pelo Banco Mundial tivemos de interromper as negociações e os contratos que o Governo havia assumido com alguns parceiros para a ilha de São Tomé, pelo facto de termos negociado estes mesmos contratos a uma tarifa de 11 cêntimos por quilowatts. Fomos aconselhados pelo Banco Mundial a fazer com que esses parceiros baixassem o valor, tendo em conta que esta tecnologia tem sofrido baixa de preço a nível mundial, com alguma velocidade”, explicou Osvaldo Abreu, ministro das Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe.
Pelo que se sabe, o governo local negociou os valores a 8,5 cêntimos para os consumidores, mas o parceiro EDP tinha apresentado uma tarifa de 21 cêntimos. Osvaldo Abreu referiu que, depois de longas negociações, a EDP reduziu o tarifário para 17 cêntimos que “ainda é o dobro daquela indicada para a implementação no país”.
A FORBES apurou ainda que, não estando completamente de fora a renegociação com a EDP, existem mais três propostas sobre a mesa: uma americana, outra inglesa e uma terceira sul-africana. Quanto à portuguesa, “acreditamos que poderá ser refeita de acordo com as tarifas próximas das indicadas pelo governo e aceites por todos outros investidores”.