O governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Américo Barros, avançou recentemente durante o seu discurso de balanço do ano económico 2021, que a economia nacional deverá crescer em 2022 entre 2,5% e 2,8%.
O gestor manifestou-se optimista quanto às perspectivas macroeconómicas de médio prazo, que classificou como “desafiadoras” e que exigem medidas estruturais “profundas”, nos sectores monetário, fiscal e real.
“Neste sentido, perspetiva-se que a economia nacional deverá crescer em 2022 entre 2,5% e 2,8%”, antecipou Américo Barros.
Relativamente às trocas comerciais com o exterior, o governador do Banco Central são-tomense revelou que, apesar de uma “importante recuperação da exportação”, ela não foi suficiente para fazer face ao substancial aumento da importação.
O que, acrescentou, provocou um agravamento do défice comercial que rondará os 22,1%, e promoveu pressão sobre as reservas cambiais, “sem, contudo, comprometer as condições para a preservação da paridade fixa com o euro, no âmbito do Acordo de Cooperação Económica com Portugal, bem como, dos compromissos assumidos com o Fundo Monetário Internacional (FMI)”.
Américo Barros considerou que os dados disponíveis na banca comercial no país revelam uma certa resiliência aos impactos da Covid-19. “Os indicadores de solidez financeira apontam para a preservação da estabilidade financeira, verificando-se mesmo um aumento da rendibilidade do sector bancário e uma contração do crédito malparado em 4 pontos percentuais”, explicou.
Persistem, todavia, “algumas vulnerabilidades relacionadas ao baixo nível de transformação, elevados níveis de concentração e alguma exposição a certos riscos que se impõem debelar”, finalizou.
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