O ritmo de crescimento económico, em Cabo Verde, continuou a acelerar no segundo trimestre de 2021, uma evolução positiva relativamente ao período homólogo de 2020, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A constatação resulta do Inquérito de Conjuntura aos agentes económicos do sector da construção, do comércio em estabelecimentos, do turismo, indústria transformadora e dos transportes e serviços auxiliares aos transportes, realizado recentemente pelo INE, que esclarece que o indicador de confiança dos agentes económicos manteve a tendência ascendente do último trimestre, situando-se acima da média da série, sendo a conjuntura no sector favorável.
De acordo com o documento, compilado pela FORBES no site da instituição cabo-verdeana que trata das estatísticas daquele país, no sector do comércio em estabelecimentos, os empresários apontam que no segundo trimestre, houve um indicador de confiança com tendência ascendente, registando uma evolução favorável face ao trimestre homólogo.
“Esta evolução favorável deveu-se ao comportamento positivo de todas as variáveis que compõem o indicador relativamente ao mesmo período do ano 2020”, indica o documento.
Apesar disso, os empresários apontam os preços de venda demasiado elevado e a insuficiência da procura, como os principais constrangimentos ao desenvolvimento normal da actividade das empresas comerciais em Cabo Verde.
Outro aspecto apontado pelos empresários no sector do comércio e estabelecimentos prende-se com o excesso de burocracia e regulamentações estatais, dificuldades financeiras e elevado absentismo do pessoal aos serviços.
Já no sector do turismo, de acordo com os resultados do período em referência, constatou-se que o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do último trimestre.
Foi registado o valor mais alto dos últimos quatro trimestres consecutivos, evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo, o que indica que a conjuntura da principal actividade económica, responsável por cerca de 25% do PIB, é favorável, avança o INE.
A instituição acrescenta que os empresários apontaram as dificuldades financeiras e a insuficiência da procura como sendo os principais obstáculos do sector [do turismo], neste trimestre. Quanto o sector da construção, o indicador contrariou a tendência ascendente do último trimestre, situando-se abaixo da média da série e evoluindo negativamente face ao mesmo período do ano passado.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança inverteu a tendência descendente do último trimestre, dando sinais de recuperação, embora esteja abaixo da média da série. A conjuntura no sector é ainda desfavorável.