O crescimento económico de África deverá superar o resto do mundo, nos próximos dois anos, com o Produto Interno Bruto (PIB) real a crescer em média 4%, em 2023 e 2024, prevê o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Num relatório sobre o Desempenho e Perspectivas Macroeconómicas para a região, publicado há dias no seu website e consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a instituição assegura que os números são superiores às médias globais projectadas de 2,7% e 3,2%, respectivamente para 2023 e 2044.
O documento mostra que o crescimento médio estimado do PIB real em África abrandou para 3,8% em 2022, de 4,8% em 2021, num contexto marcado por desafios significativos na sequência do choque da Covid-19 e da invasão russa da Ucrânia.
Durante o acto de lançamento do relatório, o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, garantiu que apesar da confluência de choques múltiplos, o crescimento nas cinco regiões africanas foi positivo em 2022 e prevê-se que as perspectivas para 2023-24 sejam estáveis.
O líder do BAD disse ainda que com 54 países em “diferentes estágios de crescimento, diferentes estruturas econômicas e diversas dotações de recursos”, os efeitos repassados dos choques globais sempre diferem por região e por país.
“A desaceleração da procura global, as condições financeiras mais rígidas e as cadeias de abastecimento interrompidas tiveram, portanto, impactos diferenciados nas economias africanas”, referiu Adesina.