A economia angolana cresceu 2,6% no primeiro trimestre deste ano, uma taxa que corresponde a dois décimos superior à do quarto trimestre de 2021, e 5,6 pontos percentuais (pp) do que o estimado para o quarto trimestre do ano passado.
Os dados constam do relatório sobre as Contas Nacionais Trimestrais divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, que dão ainda conta que os gastos com consumo final aumentaram 6,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021, valor que corresponde a 5,9 pp inferior à do trimestre anterior.
De acordo com o documento, a despesa de consumo final das famílias registou uma taxa interanual de 5,0%, menos 7 pp do que no trimestre anterior. Já a despesa de consumo final das administrações públicas abrandou 14.2 pontos, correspondente a uma variação interanula de 4,4%.
“As exportações de bens serviços apresentam variação de 3,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021, enquanto as importações de bens e serviços variam 26,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A procura externa apresentou uma contribuição de -2 pp, 4,8 pontos mais que no trimestre passado”, lê-se no relatório.
O INE diz que os efeitos económicos da pandemia da Covid-19 são evidentes nos agregados das contas nacionais desde o primeiro trimestre de 2020, acrescentando no documento que a estes efeitos, entre Janeiro e Março deste ano, juntam-se os causados pela recente crise internacional derivada da guerra na Ucrânia, com “distorções muito significativas de natureza diversa”.
O relatório sobre as contas nacionais trimestrais deveria ser publicado em Junho, mas aconteceu apenas no dia 31 de Agosto. O INE justifica o atraso com o facto de estar ainda em fase experimental, já que é a primeira vez que o Produto Interno Bruto trimestral é calculado na óptica da despesa.