O mercado angolano passa a contar a partir desta sexta-feira, 6, com a E-BUMBA, uma ferramenta tecnológica que irá proceder à intermediação entre os prestadores de serviço e as comunidades, desenvolvida pela área de tecnologia de informação do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), indica uma nota de imprensa a que a FORBES teve acesso.
Na E-BUMBA, indica a nota, os profissionais formados e certificados pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), ligados às mais diversas áreas do saber, estarão disponíveis e congregados numa única base de dados, o que vai permitir a prestação de serviços de qualidade às famílias, empresas e a comunidade por via de um sistema com georreferenciação.
De acordo com o documento, a plataforma a ser lançada oficialmente num acto presidido pela número um do MAPTSS, a ministra Teresa Rodrigues Dias, faz parte da implementação do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), aprovado em decreto presidencial em Abril de 2019, com o objectivo, entre outros, de fomentar e apoiar o espírito de iniciativa na juventude, desde os empreendedores já estabelecidos aos emergentes.
A ferramenta tecnológica surge numa altura em que dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para um crescimento do número de desempregados, no terceiro trimestre do ano em curso. Segundo os números do INE, a população desempregada no país com 15 ou mais anos de idade foi de 5,2 milhões de cidadãos, um aumento de pouco mais de 470 mil pessoas face ao segundo trimestre, o que representa um crescimento de 10%. Assim, precisa a instituição, a taxa acumulada de desemprego no país situou-se nos 34%, verificando-se um aumento de 1,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
Da população sem emprego, cerca de 3 milhões são mulheres, constituindo a maioria no período em referência, conforme apontam os dados sobre o emprego e desemprego do instituto angolano de estatística, dão igualmente conta de que, no terceiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego na zona urbana foi duas vezes superior a da zona rural, situando-se nos 45%, enquanto a taxa de desemprego nos jovens com idades compreendidas entre os 15 e 24 anos, terá sido de 56%, superior em 5,6 p.p. em relação ao anterior.