A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tinha uma dívida real inferior à declarada, por “lapso técnico”, o que obrigou a uma correção que melhorou o passivo da empresa, disse o ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano, Mateus Magala.
“Estávamos com uma dívida insustentável, porque nos penalizámos com um lapso técnico ou conhecimento limitado”, mas depois de feita “uma pequena correção” conclui-se que a LAM “não estava tão mal em termos de dívida”, explicou Mateus Magala.
A dívida conhecida de mais 282 milhões de euros que a transportadora vinha declarando, “na verdade, era menos que isso”, porque uma parte “do que se imputou como dívida não era dívida”, acrescentou o governante.
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique avançou que a reavaliação dos encargos da companhia de bandeira permitiu a recuperação de 44,1 milhões de euros, a favor da tesouraria da empresa, em um mês.
A operação deveu-se “ao conhecimento técnico profundo” da Fly Modern Ark, a empresa sul-africana contratada pelo Governo moçambicano em Abril para ajudar a normalizar a situação financeira e operacional da LAM”.
Segundo a Lusa, a nova comissão de gestão da LAM anunciou que a empresa deixou de estar insolvente ao cobrar, desde Abril, 47,3 milhões de dólares em dívidas do Estado e privados, mas mantém o risco de colapso.
Matos Magala avançou ainda que a estratégia de recuperação da transportadora passa por reactivar a rota Maputo-Lisboa e explorar novos destinos. A comissão de gestão detalha que o Brasil, Índia, Dubai e China estão no radar da companhia aérea.
“Vamos reabrir algumas rotas. A primeira fase vai ser Maputo-Portugal, depois as fases subsequentes vão ser Maputo-São Paulo, Maputo-Guanzhou, Maputo-Bombai, Maputo-Dubai”, referiu Sérgio Matos, membro da comissão executiva.