O diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Armindo de Brito Fernandes, defendeu que o poder autárquico “cresceu muito e tem presença em quase todos os países, e aponta para a criação de um espaço de concertação e cooperação ao nível autárquico para preencher um vazio que existe.
“Sentimos que, ao nível do poder local, existe naturalmente um vazio e, havendo necessidade de se preencher esse espaço, era importante criar condições para haver maior intercâmbio, aproximação e regularização em termos de organização de eventos entre os diferentes poderes locais”, disse Armindo de Brito Fernandes.
Para o diretor-geral da CPLP, “impõe-se a necessidade de haver um espaço de concertação dos Estados-membros, aproveitando naturalmente a experiência de uns e outros e promovendo intercâmbios entre todos eles”, como apontou citado pela Lusa.
Armindo Fernandes reconhece, entretanto, que alguns passos até já foram dados, como é exemplo a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), mas na sua perspectiva “podíamos partir para outros passos de concertação, como já foi tentado em tempos com a criação de um Fórum que pudesse agregar todos os municípios, que não avançou”.
O responsável diz ainda que, nos dias de hoje, levanta-se a necessidade de abordar o assunto e “ver qual o melhor caminho a trilhar para institucionalizar um espaço entre os municípios, à semelhança do que existe a outros níveis, como na saúde, educação, agricultura e oceanos”.