A embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Moçambique na República de Angola e São Tomé e Príncipe, Osvalda Joana, destacou a importância do fórum “Mulheres e Jovens Mulheres na Ciência em Angola”, que decorreu esta semana em Luanda, como sendo “muito valioso” para o país.
Segundo Osvalda Joana, o fórum serviu para dar mais ânimo e encorajamento para que as mulheres continuem e avancem. “Há mulheres a dominar as ciências, existem mulheres não só nos cargos de tomada de decisão, mas sobretudo, as que trazem aquilo que é do melhor para a vida em sociedade hoje. Isto é importante e demonstram que o futuro está garantido”, disse.
A diplomata refere que ultimamente têm surgido uma onda de discurso tendentes a desvalorizar o papel da mulher na sociedade e até a tentar fazer retroceder as políticas até então implementadas. De acordo com a embaixadora, ouve-se muitos homens e algumas mulheres de alguns quadrantes, sobretudo religioso, a criticarem o papel da mulher na sociedade, como se tivessem o interesse de regressar aos tempos antigos.
“A verdade é que as políticas públicas demonstram que estamos a avançar, mas surge na sociedade hoje os discursos que influenciam negativamente, sobretudo as meninas e as raparigas actualmente começam a ter receio de abraçar a emancipação”, lamentou.
De acordo com a diplomata, todas as organizações internacionais incluindo as próprias Nações Unidas, que vai realizar neste mês de Março a sessão para o estatuto das mulheres, têm estado a fazer muito esforço para que as mulheres possam partilhar experiência em fóruns internacionais e fazer avaliação sobre como estão em termos de plataforma, para aferir se há avanços ou retrocessos.
Osvalda Joana, fez saber que Moçambique tem um programa de emancipação, para manutenção da rapariga na escola e dar prioridade às mesmas. Tem ainda, refere, um programa do Ministério da Ciência e Tecnologia que permite garantir às mulheres bolsas de estudo, em particular para as áreas tecnológicas e das ciências. “Portanto, há vários programas que incentivam e encorajam as mulheres a abraçar as ciências”, reforçou.
*Luzia dos Santos