“Querida Whoopi Goldberg nasci no ventre da escuridão, a cor mais antiga do mundo, a mesma que o céu veste quando todas as luzes se apagam e a Humanidade se esquece de si mesma”, assim começou, Dino d’Santiago o seu discurso, ao lado da conceituada atriz norte americana Whoopi Goldberg no Tribeca Festival.
O cantor e ativista de origem cabo-verdiana, escreveu e leu um poema onde fez alusão ao seu passado, marcado pelo racismo, pela pobreza e pela falta de oportunidades. “A cor da minha pele era uma sentença antes de eu poder escrever a minha própria história”, declamou Dino d’Santiago.
O discurso emocionou a plateia e Whoopi Goldberg com quem Dino d’Santiago partilhou um painel sobre entretenimento e as comunidades.
O Tribeca Festival, anteriormente conhecido como Tribeca Film Festival, é um dos eventos culturais mais importantes do mundo, que celebra o cinema, a música, a televisão e outras formas de arte. Fundado em 2002 pelos cineastas Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff, o festival surgiu como uma resposta ao impacto dos ataques de 11 de setembro de 2001 no bairro de Tribeca, em Nova Iorque.
Este ano o festival estendeu-se a Lisboa com exibições de cinema, atuações musicais, conversas e conferências. Na edição de Lisboa estiveram presentes os fundadores do festival, a premiada atriz, comediante Whoopi Goldberg, entre outras personalidades do mundo do cinema e do entretenimento
“O que eu não sabia era que a cor do breu não é um erro mas uma canção que o mundo ainda não aprendeu a cantar”, concluiu Dino d’Santiago, antes de ser ovacionado de pé pela plateia e receber um emocionado abraço de Whoopi Goldberg.