Especialistas defenderam durante o fórum Digital Banking Solutions Angola (DBS), que o investimento na Literacia Digital e Inclusão Financeira da Sociedade, “que se encontra aquém do que seria desejável num cenário cada vez mais tecnológico”, terá de ser um esforço concertado entre os players do ecossistema financeiro e as políticas governamentais alinhadas no país.
Dados avançados no evento dão conta que Angola conta actualmente com cerca de 12 milhões de utilizadores de internet, o que representam cerca de 33% da sua população total, número que foram considerados “ainda baixos”, mas que, no entanto, no entender dos experts, com um “enorme” potencial de crescimento de utilização digital e mobile dos serviços.
Para Eduardo Farah, especialista em soluções Oracle, “a banca sofrerá profundas alterações, e quanto mais depressa as instituições financeiras que operam no mercado angolano aceitarem e integrarem novas práticas nas suas dinâmicas, desenvolverem procedimentos e equipas necessárias para esta integração, maior proveito tirarão do que não é contornável, nomeadamente a inovação tecnológica”.
Já o economista Carlos Rosado de Carvalho, que participo do painel que abordou “A Globalização e Dinâmica de Mercado”, defendeu que os bancos que não olharem para as tendências, acabarão por perder eficiência. “[…] é também urgente a introdução de soluções financeiras para a população não bancarizada pelo impacto económico positivo que trará à Economia”, apontou, acrescentando que “a colaboração, integração e inclusão são o futuro da rentabilidade das Instituições e na fidelização do cliente”.
Por sua vez, Eduardo Bettencourt, representante da EMIS, que participou no painel sobre “Inovação no Sector de Pagamentos”, referiu que a adaptação das empresas à estas tendências implica uma alteração no mindset da gestão. Bettencourt realçou a necessidade de um alinhamento entre o currículo pedagógico das instituições de ensino e o tecido empresarial, para uma maior eficiência na utilização dos recursos humanos.
Na generalidade, os oradores do evento foram unânimes quanto ao papel das empresas na formação continua das suas equipas, que, afirmaram, estimula o conhecimento e a capacidade de absorver e aplicar estas novas tecnologias de forma correcta.
“A aprendizagem contínua de todos os envolvidos – regulador, instituições, empresas, integradores, colaboradores e clientes – será a base sustentável da Inovação”, concluiu fórum Digital Banking Solutions Angola.