O cantor moçambicano, Deltino Guerreiro, apresentou há dias, na Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo, o seu segundo álbum de estúdio, denominado Rokotxi.
Rokotxi é um nome de uma planta, na língua Makhuwa (emakhuwa) falada no Norte de Moçambique, mais concretamente em Cabo Delgado, com múltiplas funções de cura e, normalmente, utilizada para curar ou aliviar dores no corpo.
“Porém, ao abrigo deste significado, o objectivo é remeter as pessoas para a necessidade de nos curarmos da alienação cultural que vai matando a identidade cultural do nosso povo e do nosso país, tanto quanto a falta de valorização da criação cultural nacional”, lê-se na nota que apresenta o álbum, publicado pelo autor nas redes sociais.
O álbum é um encontro com mensagens de amor, esperança, fé e força para as lutas diárias e futuras, diz o autor no documento.
Nascido em Montepuez, Norte de Moçambique, a sonoridade de Deltino Guerreiro é um cruzamento de influências, resultante das suas experiências de viagem de Norte a Sul do país, adicionando ao soul e r&b a tradição musical do Norte. A composição é marcada por um traço de conscientização através do português, inglês e macua.
Deltino lançou-se ao mundo discográfico em 2016, com Eparaka, composto por dez faixas, de onde se extrai o êxito “Sonho”. no seu palmarés conta com os prémios Artista Revelação e Melhor Voz do Ngoma Moçambique.