Depois de quatro dias detido, o ex-presidente do parlamento são-tomense Delfim Neves foi libertado nesta terça-feira por falta de “indícios fortes de envolvimento” no assalto ao quartel na última sexta-feira (25), após ter sido detido pelos militares como alegado mandante.
Segundo o despacho [de libertação], emitido pela juíza de instrução criminal, atendendo a que não existem indícios fortes e sólidos de [Delfim Neves estar envolvido, a sua libertação foi imediata.
Segundo a defesa do mesmo, este ficou sujeito a termo de identidade e residência. O advogado não esclareceu se existe alguma acusação contra o deputado.
Delfim Neves foi detido às primeiras horas da manhã de sexta-feira pelos militares, quando se encontrava na sua casa, por ter sido alegadamente indicado como um dos mandantes do ataque ao quartel-general do exército.
Na madrugada do dia 25, quatro homens atacaram o quartel das Forças Armadas, na capital são-tomense, num assalto que se prolongou por quase seis horas, com intensas trocas de tiros e explosões, e durante o qual fizeram refém o oficial de dia, que ficou ferido com gravidade devido a agressões.
O ataque foi neutralizado com a detenção dos quatro assaltantes e de 12 militares suspeitos de envolvimento na acção, que foi classificada pelas autoridades são-tomenses como “uma tentativa de golpe de Estado” e condenada pela comunidade Internacional.