A “vasta cultura da Guiné-Bissau” encontrará um lar em Lisboa a partir do próximo dia 20, quando a Casa da Cultura da Guiné-Bissau for oficialmente apresentada, numa iniciativa marcada para assinalar o início das celebrações do centenário do nascimento de Amílcar Cabral e que terá como missão abrigar e promover a rica herança cultural guineense.
De acordo com Rita Ié, directora da Casa, citada pela Lusa, a organização visa difundir a cultura guineense globalmente, fomentando a interação com outras culturas, numa tentativa de superar o ainda existente desconhecimento sobre esta cultura.
A inauguração será seguida por diversas actividades ao longo do ano, destacando-se a homenagem ao pensamento e legado de Amílcar Cabral, cujo assassinato completou 50 anos em 2023.
Entre os eventos previstos está um concerto encenado em Maio, intitulado “Ora di kanta tchiga”, com a participação de artistas guineenses reconhecidos, como Micas Cabral, Young Nuno e Edson Incopté.
A Casa da Cultura da Guiné-Bissau surge como um espaço aberto a todos, alinhada com a visão de Cabral de que a cultura é a identidade de um povo. Este projecto coincide com a intenção do Governo da Guiné-Bissau de abrir a sua Casa de Cultura em Portugal, sendo encarado pela directora da instituição como uma oportunidade para uma colaboração mais ampla na promoção da cultura guineense.