A Clínica Sagrada Esperança – afecta à empresa pública de diamantes de Angola (ENDIAMA) – vai investir 108 milhões de dólares na construção e apetrechamento de um novo edifício, na ilha de Luanda – distrito urbano da Ingombota – e na reabilitação e ampliação das actuais instalações, com o suporte da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), organismo afecto ao Banco Mundial.
Um acordo de investimento para o efeito foi rubricado, há dias, na capital angolana, Luanda, pelo presidente do Conselho de Gerência da clínica, Rui Pinto, e o vice-presidente da IFC para África, Sérgio Pimenta. Trata-se de um empréstimo de longo prazo, que será reembolsado em 11 anos e que resulta de “longos anos de negociações” entre as duas instituições.
Na ocasião, o responsável da IFC fez saber que, do valor global, o ‘braço financeiro’ do Banco Mundial disponibilizará directamente 28,5 milhões de dólares, enquanto os restantes 79,5 milhões de dólares serão mobilizados pela instituição que representa, junto de bancos nacionais e internacionais.
As obras, a cargo da construtora Teixeira Duarte, têm início previsto para Dezembro deste ano e terão a duração de três anos. A nova infra-estrutura terá seis pisos e 140 camas, que se vão juntar às 250 actuais, elevando assim a capacidade de internamento para 390 pacientes.
O director clínico da CSE, Esmael Tomás, notou que o investimento permitirá também melhorar os serviços da clínica em áreas como a dos cuidados intensivos, urgências, blocos operatórios, consultas externas, assim como viabilizará a construção de um parque de estacionamento de viaturas e de uma Estação de Tratamento das Águas Residuais (ETAR).
A assinatura do acordo foi testemunhada pelo Secretário de Estado para a Saúde Pública, Pinto de Sousa, tendo referido no acto que a ampliação da actual clínica enquadra-se na estratégia do governo angolano, “que aposta cada vez mais no melhoramento do Serviço Nacional de Saúde”.
Criada na década de 90, a Clínica Sagrada Esperança é uma das maiores instituições de saúde de gestão empresarial em Angola, que atende diariamente mais de mil utentes, provenientes de empresas, organismos do Estado, seguradoras e particulares. Dispõe de uma rede de 29 unidades prestadoras de cuidados de saúde, distribuídas em 16 províncias do país, contando com os préstimos de 300 médicos, 400 enfermeiros e 350 técnicos de saúde.
*Borges Figueira