O Procurador-Geral da República de Angola, Hélder Pitta Gróz, disse na última Terça-feira, 17, em Luanda, que ao longo do ano de 2024, sobretudo no último trimestre, o seu organismo tomou conhecimento de um aumento considerável de casos de crimes informáticos.
“Estaremos recordados da notícia do desmantelamento de uma rede criminosa que se dedicava exploração de jogos ilegais de fortuna com ramificação em três continentes, sendo que a base das operações criminosas estava montada em Luanda”, recordou o procurador.
Ao discursar na abertura da 2ª Conferência Nacional sobre Cibercrime, com o tema central “Ascensão do Cibercrime em Angola”, o líder do Ministério Público não avançou dados sobre o crescimento dos crimes informáticos, mas disse que constitui um caso paradigmático de criminalidade transnacional organizada.
As empresas que aparentemente exerciam actividades legais, segundo o magistrado, dedicavam-se à mineração de criptomoedas.
“As criptomoeda da nossa realidade têm servido para as procederes ao branqueamento de capitais procedentes da actividade criminosa, com destaque para a criminalidade económica financeira”, disse.
O Procurador-Geral da República avançou ainda que estes casos, “que se encontram já sobre investigação das autoridades judiciárias”, demonstram que a cibercriminalidade começa a ganhar contornos preocupantes “e convoca uma acção vigorosa de combate efectivo a este fenómeno”.
*Napiri Lufánia