O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de 2,6% e 3,1% neste e no próximo ano em Angola, abaixo dos 3,8% e 4% estimados para a região da África subsaariana.
“Na África subsaariana, o crescimento deverá aumentar de uns 3,4% previstos em 2023 para 3,8% em 2024 e 4% em 2025, com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente”, lê-se nas Perspectivas Económicas Mundiais, divulgadas em Washington, no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial.
A previsão, acrescenta o FMI, é praticamente igual à do relatório sobre África, divulgado em Outubro, e da actualização em janeiro, “já que a revisão em baixa do crescimento de Angola devido à contração do sector petrolífero é compensada, de forma geral, pela revisão em alta na Nigéria”.
O documento apresentado não apresenta mais explicações sobre as novas projecções para África, já que isso fica reservado para o relatório sobre a região, que será divulgado na Sexta-feira, mas ainda assim fica a saber-se que a Guiné Equatorial deverá regressar ao crescimento positivo este ano, com uma expansão de 0,5%, mas entra novamente no vermelho em 2025, ano em que a economia deverá registar uma contração de 4,6%, já depois de ter caído 5,9% em 2023.
No que diz respeito à inflação, Angola deverá ver os preços subirem 22% este ano e 12,8% no próximo ano, depois da subida média de 13,6% no ano passado.
Face às previsões de Outubro de 2023, diz a Lusa, o FMI mantém a previsão para 2024 e retira uma décima à previsão de crescimento da África subsaariana no próximo ano, piorando significativamente os dados sobre Angola.