O crédito bruto concedido ao sector não-financeiro, em Janeiro de 2023, fixou-se em 4,64 biliões de kwanzas, uma diminuição de 2,41% face ao período homólogo, de acordo com cálculos da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA com base no relatório de informação estatística sobre o crédito do Banco Nacional de Angola (BNA).
O documento do órgão regulador do mercado bancário angolano mostra que o sector privado representou um endividamento de 92,16% do valor, enquanto o público teve uma representação de 7,84%.
O montante disponibilizado à economia real, avançam os dados, fixou-se em cerca de 24,6% do valor bruto do sector bancário, cujo montante foi de 1,15 biliões kwanzas, e que comparativamente ao período homólogo registou uma variação de 8 mil milhões de kwanzas (0,75%).
O relatório do BNA com a informação estatística sobre o crédito, adianta que quanto ao empréstimo bruto concedido no âmbito do Aviso 10, de fomento ao sector real, foi de 701,20 mil milhões de Kwanzas, correspondendo a 61,04% do total do crédito destinado a este sector.
O sector da indústria transformadora e da agricultura, pesca, produção animal, caça receberam mais de 80% dos valores disponibilizados. A maior fatia no período em análise foi destinada ao sector da indústria transformadora, situando-se nos 560 mil milhões de kwanzas.
O sector agricultura, pesca, produção animal recebeu cerca de 385 mil milhões de kwanzas, sendo que 221 mil milhões kwanzas representa o crédito concedido no âmbito do Aviso 10. Já o sector da indústria extractiva com 202 mil milhões foi o que menos recebeu.
*Adnardo Barros