A CPLP aderiu formalmente à Coligação para Alimentação Escolar, destacando o papel dos programas de alimentação nas escolas no combate à pobreza e à fome. A decisão foi oficializada durante o terceiro Seminário Internacional de Boas Práticas sobre Alimentação Escolar, realizado em São Tomé, com a assinatura da Carta de Compromisso pelos representantes dos Estados-membros.
João Ima-Panzo, director da Ação Cultural e da Língua Portuguesa da CPLP, sublinhou que a adesão conjunta reforça o compromisso dos países em garantir condições para uma infância saudável e um futuro promissor. “Com esta adesão, assumimos responsabilidades mútuas, como apoio técnico, mobilização de recursos e vigilância multilateral para garantir resultados eficazes”, afirmou.
Segundo a Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, destacou que a alimentação escolar no país está assegurada até ao sétimo ano de escolaridade, com planos para extensão até ao 12.º ano até 2030. Guadalupe reforça a importância de parcerias estratégicas para capacitar agricultores e pescadores, com abordagem especial nas mulheres, transformando desafios em oportunidades de desenvolvimento.
No encerramento do seminário, foram apresentadas 11 recomendações que realçam os benefícios dos programas de alimentação escolar, como o aumento do acesso à educação, a promoção da equidade social e de género, o estímulo aos agricultores locais e aos sistemas alimentares, e a criação de emprego.
As escolas foram reconhecidas como polos de desenvolvimento comunitário, com propostas para implementar compras locais, energia renovável, fogões ecológicos e infraestruturas adequadas. Além disso, apelou-se à cobertura universal dos programas de alimentação escolar, destacando os seus múltiplos impactos na nutrição infantil e no crescimento económico das comunidades.
A adesão à coligação marca um passo significativo na agenda da CPLP em prol da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável.