A pandemia da Covid-19 teve um impacto “relevante” na vida profissional dos angolanos, tendo sido, igualmente, responsável pela estagnação do trabalho de muitas pessoas, aponta um estudo sobre os “Efeitos da Pandemia Covid-19 no Mercado de Trabalho em Angola”, realizado pela empresa Kept People.
No inquérito que decorreu entre os meses de Abril a Julho deste ano, em que participaram 1920 pessoas, 82% considera que o período pandémico afectou a sua vida pessoal e profissional, 24% indica que criou um sentimento de desconexão da sua vida face aos padrões anteriores, enquanto 18% considera que não teve qualquer impacto.
Segundo o estudo da consultora em capital humano a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, cerca de 82% dos inquiridos confirmam que a Covid teve um impacto relevante na sua vida pessoal e profissional e 54% das pessoas afirmam mesmo que essa influência foi responsável por uma estagnação na evolução da sua vida profissional.
“40% dos participantes indicam que face à experiência vivida, têm como intenção a nível profissional, adquirir novas competências. 25% Dos participantes consideram que a empresa deveria ter proporcionado melhores condições para uma maior flexibilidade vida pessoal vs. vida profissional”, refere a pesquisa.
A pesquisa realizada pela Kept People revela que entre 83% e 88% dos inquiridos referem ter sido apoiados em termos profissionais pela sua empresa para poder ultrapassar as dificuldades resultantes da covid, porém, continua o inquérito, 79% refere que deveria ter sido dada maior atenção aos colaboradores na busca de soluções, enquanto 86% do total de 1920 pessoas que responderam as perguntas, refere que as empresas deverão melhorar a orientação da carreira dos seus colaboradores de uma forma mais ajustada aos novos tempos.
“Vários aspectos da vida das pessoas passaram a ser mais valorizados com 41% dos inquiridos a referir ter passado a dar mais importância à sua saúde mental e bem-estar; na mesma linha, mas em menor percentagem, as respostas apontaram para o desejo de dar início a uma atividade de lazer (22%), passar a viajar mais (17%) ou em investir mais tempo a socializar (16%)”, revela a pesquisa.