A conversão da dívida de Cabo Verde a Portugal para integrar um fundo ambiental e climático poderá atingir 140 milhões de euros, admitiu o primeiro-ministro português, António Costa, que considerou o mecanismo “um exemplo à escala global”.
A informação foi avançada, esta semana, numa declaração conjunta com o seu homólogo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, após os dois países terem assinado um acordo para a integração de 12 milhões de euros de dívida de Cabo Verde num fundo ambiental e climático a ser criado pelo Executivo cabo-verdiano.
“A dívida que seria paga por Cabo Verde até 2025 – 12 milhões de euros – é integrada num fundo ambiental e climático para que o Estado cabo-verdiano apoie o financiamento e invista na transição climática no país. Em 2025, avaliaremos o sucesso desta operação”, avançou Costa, que diz estarem seguros de que a avaliação será positiva e se poderá alargar o referido mecanismo à restante dívida na totalidade da sua maturidade, um global de cerca de 140 milhões de euros.
O acordo para a criação de um Fundo Climático Ambiental, envolvendo para já 12 milhões de euros, diz a Lusa, foi assinado nos jardins de São Bento pelo ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, e pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia.