O emprego em Angola ainda continua a ser um dos principais desafios entre a Juventude. Entretanto, projecçoes indicam que o sector da construção deverá apresentar um aumento médio do valor gerado de 4,8% por ano, até 2024, assumindo-se como o único em que a produtividade do trabalho deverá crescer nos próximos quatro anos.
De acordo com os resultados finais do Estudo Especializado do Mercado de Trabalho e Actividades Económicas de Angola, contratado pela RETFOP – Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola à EY, em termos de aumento de Valor Acrescentado Bruto (VAB), destacam-se ainda os sectores da energia e águas e dos transportes e armazenamento, “por apresentarem taxas médias de crescimento anual positivas”.
Enquanto isso, o sector de serviços de apoio às empresas e o de alojamento e restauração destacam-se pela negativa, registando valores bastante inferiores à média nacional.
“No global, é esperado que o ritmo positivo de criação de emprego permaneça até 2025, de forma transversal a todos os sectores de actividade, prevendo-se uma taxa de crescimento média anual de 3,7%”, lê-se no documento
A análise, realizada no âmbito do projecto de Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional em Angola, indica que a província de Luanda apresenta uma forte especialização do emprego na generalidade dos sectores, face à média nacional, o que não será de estranhar a elevada concentração do emprego na capital do país.
Já as províncias de Cunene, Lunda-Norte e Cabinda apresentam uma especialização do emprego nos sectores da indústria, energia e água, como resultado da localização deste tipo de equipamentos e infra-estruturas naquelas superfícies territoriais.
Financiado pela União Europeia, o projecto RETFOP visa apoiar a modernização dos dois tipos de educação e formação técnica e profissional em Angola, designadamente o ensino técnico-profissional e a formação profissional. O objectivo geral é contribuir para a redução do desemprego, especialmente entre os jovens, através da disponibilização de capital humano mais capacitado e com maior empregabilidade.