O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reuniu esta manhã com o Conselho de Estado para analisar a situação pós-eleitoral no país, marcada por consecutivas manifestações e paralisações desde 21 de Outubro, que provocaram pelo menos 110 mortos.
“O tema que sugerimos para este encontro é a reflexão ou a avaliação da situação política do país”, explicou Filipe Nyusi, ao abrir o encontro, que está a decorrer desde pouco depois das 10:00 locais (menos duas horas em Lisboa) na Presidência da República, em Maputo, na presença de conselheiros como os antigos Presidentes Joaquim Chissano e Armando Guebuza, ou o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).
Na sua introdução, o Presidente moçambicano disse que serão feitas “três apresentações” no encontro, antes do debate com os conselheiros, o qual não se limitará “só à situação pós-eleitoral”, esperando que “também se faça alguma reflexão sobre o combate ao terrorismo no norte”.
A reunião do Conselho de Estado arrancou sem a presença de outros conselheiros, como o primeiro ministro da Defesa de Moçambique, Alberto Joaquim Chipande, ou a política e activista Graça Machel, tendo sido anunciado que no final do encontro será emitido um comunicado com as conclusões.
De acordo com a Constituição da República, o Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República e integra diversas personalidades, como presidente e antigos presidentes da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Conselho Constitucional, provedor de Justiça, antigos Presidentes da República.
Segundo a Lusa, integra ainda sete personalidades de reconhecido mérito eleitos pela Assembleia da República e quatro personalidades indicadas pelo Presidente da República, bem como o segundo candidato mais votado ao cargo do Presidente da República, que nas eleições de 2019 foi Ossufo Momade.