O Indicador de Confiança no Consumidor em Angola continuou a aumentar no segundo trimestre deste ano, resultado da evolução favorável de todas as variáveis que o compõem, de acordo com o Inquérito de Conjuntura no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.
A confiança das famílias, de acordo com o documento, é justificada pela previsão de melhoria de alguns aspectos nos próximos 12 meses, nomeadamente, da “situação financeira das famílias” e da “situação económica do país”, bem como da actual “situação economia actual das famílias”, bem como o “desemprego no país”, nos próximos 12 meses.
As famílias acreditam ainda que, até Setembro do próximo ano, os preços de bens e serviços poderão registar uma “forte queda”, e que tanto a situação económica do país como a das famílias evoluíram positivamente nos últimos três meses, face ao mesmo período de 2021.
Cerca de 22,6% dos inquiridos afirmaram que com a actual situação económica do país, é possível poupar dinheiro, entretanto, comparativamente ao mesmo período do ano passado, regista-se uma diminuição de 0,4 pontos percentuais (pp).
Quanto a realização futura de compra de carro, o inquérito demonstra que, comparativamente ao mesmo período de 2021, apenas um em cada 100 inquiridos, afirmaram ter a certeza absoluta de que irão comprar um carro nos próximos dois anos e, sete em cada 100 entrevistados, afirmaram que provavelmente irão comprar um carro nos próximos dois anos.
Aproximadamente oito em cada 100 inquiridos, afirmaram com certeza que irão comprar ou construir uma casa nos próximos dois anos, e que 19 em cada 100 inquiridos, afirmaram que provavelmente irão construir ou comprar uma casa nos próximos dois anos, representando um aumento de 0,4 p.p.
Para a realização do referido inquérito, durante um mês, foram entrevistadas 300 famílias nas 18 províncias do país. Os inquiridos têm idade compreendidas entre os 15 e 44 anos, sendo que 53,8% do sexo masculino e 42,2% do sexo feminino.
O INE explica que as estatísticas de conjuntura no consumidor são produzidas com base nos inquéritos qualitativos de opinião das famílias angolanas e que permitem inferir sobre a análise e interpretação da evolução da situação económica e financeira das mesmas [famílias] num horizonte temporal curto da situação económica do país, no que diz respeito ao comportamento de algumas variáveis significativas, como desemprego e finanças e também sobre as expectativas de evolução da economia angolana.