O concurso público para aquisição de 80% do capital da Guiné Telecom, empresa de telecomunicações da Guiné-Bissau detida maioritariamente pelo Estado guineense, será lançado em Abril, segundo o seu presidente do conselho de administração, António Mendes.
A iniciativa resulta da segunda fase de um projecto que está a ser preparado com assistência técnica da Sociedade Financeira Internacional, instituição do Banco Mundial, começado com a preparação de um estudo de viabilidade, que “apontou as diferentes opções” com vista a efectivar o relançamento da Guiné Telecom, como também da Guinétel, detida em 95% pela Guiné Telecom em 95%.
Segundo António Mendes, esta fase de lançamento começou com uma pré-qualificação dos investidores e estão nesse período a recolher inputs e melhorar o dossier do concurso público, que estará disponível antes de finais de Março e no princípio de Abril com previsão de conclusão em Junho de 2023.
Mendes aponta a fibra óptica como vantagem de aquisição da Guiné Telecom, tendo em conta que existem cerca de 2 milhões de pessoas no país e pelo facto das telecomunicações serem dominadas por duas multinacionais.
“No âmbito do estudo, onde foram definidas as opções estratégicas para o relançamento, foi definido alteração do objecto social da Guiné Telecom. Anteriormente era um operador de telefone fixo, agora passou a ser gestor das infra-estruturas das telecomunicações do Estado”, disse, citado pela Lusa.
António Mendes adiantou também que o relançamento da Guiné Telecom vai ser maximizado em termos de qualidade com a conexão do cabo de fibra óptica, porque o Estado da Guiné-Bissau é accionista da sociedade de cabos, com 48% do capital e a maior parte desse capital será cedido à Guiné Telecom.
*Luzia dos Santos