A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) angolana aprovou a entrada do Grupo Carrinho na estrutura acionista do Banco Keve, com a compra de grande parte do seu capital social, referindo que o negócio não cria entraves à concorrência.
O conselho de administração da ARC decidiu “unanimemente não se opor ao referido acto de concentração”, uma vez que, nos mercados relevantes identificados, ”não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efectiva”, refere-se numa deliberação.
O Grupo Carrinho, que actua no sector agroalimentar, detém 100% do Banco de Comércio Indústria (BCI) de Angola e pretende adquirir entre 65 e 80% do capital social do Banco Keve, segundo avançou anteriormente a imprensa angolana.
Sem avançar a percentagem do capital social que o Grupo Carrinho propôs para aquisição, a ARC considera “reduzido” o risco de acesso a informação estratégica dos concorrentes dos vários setores em que o grupo empresarial actua, na medida em que este se propõe a uma governança operacional equidistante entre as actividades do “core” do grupo e outras do segmento financeiro, justifica ARC, citada pela Lusa.
Nesta deliberação, o regulador da concorrência angolana salienta também que, do ponto de vista da análise jus concorrencial, as exigências regulatórias do sector bancário não representam barreiras à entrada e à expansão, “pois resultam das especificidades da actividade e servem de mecanismos de salvaguarda dos legítimos interesses dos clientes e de segurança e integridade do sistema financeiro”.