A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), concessionária daquela infra-estrutura portuária, vai ficar também com a empresa do Terminal de Cabotagem de Maputo, anunciou nesta Segunda-feira, 29, a Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC).
A informação consta de um anúncio da ARC sobre uma notificação de operação de concentração de empresas, que consiste na fusão da Terminal de Cabotagem de Maputo (TCM) por incorporação na Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo.
Segundo avança a Lusa, a concessionária do porto de Maputo prevê duplicar o volume de carga movimentada anualmente até 2058 com a extensão do contrato e investimentos de 2 000 milhões de euros.
De acordo com informação constante da adenda ao contrato de concessão, aprovado há uma semana pelo Governo moçambicano, a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo prevê passar de um volume manuseado de carga de 26,7 mtpa (milhões de toneladas por ano) em 2023 para 50,9 mtpa em 2058, no final do período desta nova prorrogação do contrato, de mais 25 anos.
A adenda estima igualmente o aumento da capacidade operacional dos actuais 37 mtpa para 54 mtpa e da capacidade do terminal de 270 para um milhão de contentores, a expansão do Terminal de Carvão da Matola de 7,5 para 18 mtpa e do Terminal de Carga Geral de 9,2 para 13,6 mtpa.
A empresa refere que já investiu mais de 800 milhões de dólares na modernização da infra-estrutura portuária e aumentou para 37 milhões de toneladas de capacidade, através da dragagem de aprofundamento, reabilitação e aprofundamento de mais de cerca de 1 500 metros de cais, equipamentos, sistemas e num centro de formação para o seu pessoal portuário, “sendo que mais de 99% dos seus trabalhadores são moçambicanos”.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo é uma empresa privada moçambicana que resultou da parceria entre os Caminhos-de-Ferro de Moçambique e a Portus Indico, esta constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Mozambique Gestores.