A 53ª conferência anual da Associação de Companhias Aéreas da África Austral (AASA), que decorre desde esta Sexta-feira, 06, numa das unidades hoteleiras da capital angolana, Luanda, tem como pano de fundo a melhoria da conectividade da aviação na sub-região, redução dos custos de viagem para as populações da sub-região, bem como continuar a manter a segurança e operações seguras na região.
Estas informações foram avançadas pelo CEO da AASA, Aaron Munetsi, que na abertura do certame referiu ainda que “África contribui com 18% da população mundial e apenas com 2% no sector na aviação civil”, facto que tem contribuído pelo baixo nível da aviação.
De acordo com o líder associativo, para inverter o quadro, e tendo em conta o número de habitantes que o continente [africano] possui – cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, basta melhorar as ligações entre os países.
“Primeiro consiste em abrir o mercado para todas as empresas aéreas africanas, de forma que as mesmas possam operar, e o segundo passo é abrir a África para os africanos para que os mesmo possam viajar sem vistos em todo territorio continental, além de poder comercializar entre si. Por esta razão é que apoiamos a Zona de Comércio Livre de África. Quando atingirmos estes objectivos teremos uma grande melhoria no sector da aviação civil”, disse.
Por seu turno, o ministro angolano dos Transportes, Ricardo D’Abreu, afirmou que para o Governo de Angola “a aviação é essencial”, em virtude não só da localização geográfica do país, mas também por ser um sector que cria directamente milhares de empregos qualificados.
“O ano de 2023, ficará na história de Angola com a conclusão de um dos maiores investimentos no sector da aviação, o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto”, frisou.
No evento participam companhias aéreas, reguladores, fabricantes, provedores de serviços, investidores, representações diplomáticas e entidades governamentais. A Associação de Companhias Aéreas da África Austral (AASA), é uma organização que foi fundada em 1970, e que representa os interesses mútuos dos seus membros. A adesão está aberta a todas as companhias aéreas baseadas em países ao sul do equador, incluindo as ilhas do Oceano Índico.
*Borges Figueira