Angola não vai sobreviver se não existir produção nacional, defendeu, em Luanda, a representante da Associação Agropecuária de Angola (AAPA), Paula Bartolomeu.
“É uma questão de soberania, é uma questão de segurança de Estado”, apontou, no painel sobre o “Potencial Agrícola da CPLP”, durante a conferência “Agri 3.0, promovida pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
A representante da AAPA diz ser necessário o país apostar nas políticas públicas para que a mulher continue no campo e a acrescer.
“A mulher garante pelo menos 70% do fornecimento de hortícolas que chegam à mesa dos angolanos”, frisou.
A responsável, entretanto, afirmou que as mulheres enfrentam enormes dificuldades na produção de alimentos.
“A AAPA tem estado a desenvolver missivas estratégicas com algumas instituições do nosso mercado financeiro, inclusive com o Governo, no sentido de criar um ecossistema onde as coisas possam funcionar”, disse.
Paula Bartolomeu sublinhou também que diagnostico do mercado está a mudar. No ano passado, explicou, a Associação Agropecuária de Angola conseguiu articular junto de um banco comercial um pacote financeiro específico para crédito de campanha.
“Não correu de todo o mal, mas, para termos uma aproximação, temos conseguido negociar questões importantes para os produtores, referente ao crédito, o que demonstra que o cenários está a mudar, trazendo um entendimento”, concluiu.