As redes sociais, concretamente o Facebook, o Instagram e WhatsApp, registam um volume considerável de vendas e serviços diversos. Estas iniciativas podem crescer vertiginosamente, caso se verifique uma maior aposta nas plataformas de e-commerce, considera em entrevista à FORBES, Lizandro Chissupa, director-geral da Select Services, empresa angolana do ramo das tecnologias de informação, criada há 8 anos.
Que valor agregado a plataforma Cometa trás ao mercado nacional?
Actualmente, muita gente realiza actividade comercial no Instagram, mas, nesta plataforma os comerciantes não conseguem fazer a gestão de stocks, de clientes e de entregas. Com a Cometa o comerciante tem vantagens na gestão e organização do negócio, pode ter uma loja com a identidade visual (o logotipo da loja), terá acesso a uma base de dados com informações dos seus clientes, uma vez que eles se vão cadastrar na plataforma. Além disto, os comerciantes que abrem a sua loja virtual através da nossa ferramenta, asseguram aos seus clientes um ambiente de compras e pagamentos directamente, sendo que poderão indicar endereços para entregas de mercadoria. Mais ainda, as lojas criadas com o Cometa geram relatórios da actividade comercial mensalmente.
A questão da fiabilidade neste segmento de negócios tem sido uma preocupação crescente. A vossa plataforma garante segurança? De que forma?
As plataformas existentes são na sua maioria Marketplaces. Ou seja, são shopping centres virtuais com várias lojas. O Cometa não é um Marketplace, mas sim, uma plataforma que permite criar uma loja virtual independente com gestão autónoma. Por exemplo, existe um Marketplace chamado “Roqueonline.com” que contem várias lojas e o usuário pode fazer compras dentro do Markteplace. A gestão desta compra é feita pelo Marketplace que depois faz uma divisão dos valores com o comerciante. Com o Cometa, o comerciante cria a sua loja, gere as suas encomendas e clientes e não tem que dividir dinheiro com ninguém.
Qual é a carteira de clientes que tem a plataforma desde que foi lançada?
Temos aproximadamente 150 clientes. Somos uma empresa de desenvolvimento de softwares. A nossa facturação aumentou na ordem dos 15% por conta da pandemia, pois, os pedidos por aplicações, websites também aumentaram relativamente.