Um grupo de empresários portugueses e chineses inaugurou nesta Segunda-feira, 11, um clube de negócios na maior cidade do Sul da China, visando impulsionar o comércio e o investimento, numa altura em que as viagens para aquele país estão praticamente suspensas.
O projecto conta com 50 associados, que representam um total de volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros, maioritariamente empresas chinesas com interesses em Portugal, segundo Dário Silva, empresário natural do Porto, radicado no país asiático há mais de dez anos, e um dos fundadores do Clube de Negócios, designado PorCham.
“Fazemos tudo o que faz uma Câmara de Comércio e mais o que eles não fazem”, explicou o empresário à agência Lusa.
O escritório da PorCham é na cidade de Cantão, a capital da província de Guangdong.
Guangdong, cuja capital acolhe a sede da PorCham, é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adotadas pelo país no final dos anos 1970, integrando três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai.
O Governo chinês quer aliar as principais cidades de Guangdong, incluindo Shenzhen e Dongguan, e as regiões semiautónomas vizinhas de Hong Kong e Macau, para formar um cluster de classe mundial, designado Área da Grande Baía.
“O objetivo da PorCham é transformar-se na primeira Câmara de Comércio China–Portugal com sede na China, o que não existe e nunca existiu”, explicou Dário Silva.
“Há já alguns projectos de investimento em estudo que passam pela criação de dois fundos de investimento, um vocacionado para o sector imobiliário e outro para o sector empresarial e industrial, bem como dois possíveis investimentos industriais, um no setor da saúde e outro no setor dos compósitos”, revelou.
O clube vai também servir para fazer “mediação” de negócios e representar produtos portugueses em feiras comerciais na China, numa altura em que as entradas no país são restringidas pelas medidas de prevenção contra a Covid-19.
Lusa