O custo de vida, as alterações climáticas, a desigualdade da riqueza, os conflitos geopolíticos e a pandemia da Covid-19, constituem as principais preocupações dos jovens em quase todo o mundo, revela um estudo da Deloitte.
Denominada “Gen Z e os Millennials”, a pesquisa que foi realizada em 46 países do mundo e divulgada recentemente, refere que as gerações se debatem, diariamente, com desafios como a ansiedade financeira, a falta de equilíbrio entre trabalho/rendimento e a vida pessoal, bem como com o impacto associado a níveis elevados de estress.
“A remuneração, a preocupação com a saúde mental, o equilíbrio familiar e o esgotamento, constituem as principais razões que levaram os inquiridos a mudarem de emprego nos últimos dois anos. O equilíbrio da vida pessoal e a formação e desenvolvimento individual, foram considerados os factores prioritários na escolha de um novo emprego”, adianta o estudo da consultora a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
As alterações climáticas continuam a ser uma preocupação crescente dos “Gen Zs e Millenials”, revela a pesquisa, acrescentando que 3/4 dos inquiridos consideram que o mundo está num momento decisivo de viragem, enquanto 2/3 indicaram que já foram pessoalmente impactados por eventos climáticos, enfatizando a urgência desta questão.
Depois de um decréscimo económico, entre 2015 e 2020, apenas em 2021 e 2022 é que Angola, por exemplo, apresentou perspectivas de crescimento. Este contexto, segundo a Deloitte, poderá ter arrefecido a competitividade no mercado laboral mas, sabendo-se que os “Gen Z e Millennials” representam 32% da população, muitas das preocupações referidas no estudo são comuns aos jovens nacionais, em particular o escalar do custo de vida face à generalidade dos salários.
“É importante que os dirigentes e gestores continuem atentos a estas tendências geracionais, tudo para que possam antecipar e actuar de forma efectiva nas suas políticas e modelos de capital humano, adaptando-os à sua realidade de negócio ou de actividade, de modo a responder a estes desafios e optimizar a captação de valor para a sua organização e para o país”, recomenda a pesquisa.