O montante de dinheiro físico em circulação em Moçambique registou um aumento de 3,3% em Abril face ao mês anterior, atingindo os 73.264 milhões de meticais (1.062 milhões de euros), segundo dados de um relatório oficial compilados pela agência Lusa.
Este valor representa o montante mais elevado desde Dezembro, quando estavam em circulação 80.456 milhões de meticais (1.166 milhões de euros), de acordo com um relatório estatístico do Banco de Moçambique. No acumulado do ano, a circulação de dinheiro em Moçambique cresceu cerca de 9%.
A prática de retirar dinheiro de circulação é comum em políticas monetárias contracionistas, que visam reduzir a oferta de moeda para conter a subida dos preços. No entanto, durante este período, foram reportados diversos problemas no novo sistema interbancário moçambicano, cuja migração começou em 2023, com frequentes dificuldades em pagamentos e levantamentos de numerário nas caixas ATM.
Moçambique introduziu a 16 de Junho uma nova série de notas e moedas de metical, que substituirão progressivamente as que estão em circulação desde 2006, conforme anunciado pelo governador do banco central, Rogério Zandamela.
“Os bancos centrais tendem a rever as suas notas e moedas a cada cinco anos, para adequá-las às novas tendências de design, segurança e outros elementos contextuais”, explicou Rogério Zandamela em Maio. “Decidimos rever as notas e moedas do metical”, acrescentou.
A nova série de notas e moedas de metical, lançada no dia do metical – moeda moçambicana lançada a 16 de Junho de 1975 -, preserva a tradição de enaltecer os valores do património cultural, histórico e faunístico do país.
“As denominações de 1.000, 500 e 200 meticais serão em papel, enquanto as de 100, 50 e 20 meticais serão em polímero”, detalhou Rogério Zandamela.
Quanto às moedas, as denominações de 20 e cinco centavos serão retiradas na nova série, mantendo-se as de dez, cinco, dois e um metical, e as de 50, dez e um centavo.
“As novas notas e moedas de metical circularão em simultâneo com as séries emitidas desde 01 de julho de 2006, que continuam a ter curso legal e poder liberatório pleno e ilimitado dentro do território nacional”, concluiu o governador.