A China vai conceder isenção de taxas alfandegárias a 98% dos bens tributáveis oriundos dos dez países menos desenvolvidos do mundo, incluindo Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, anunciou recentemente o Conselho de Estado chinês.
A medida, que entra em vigor a partir de 01 de Dezembro, abrange ainda Afeganistão, Benim, Burkina Faso, Reino do Lesoto, Maláui, Tanzânia, Uganda e Zâmbia e cobrirá 8.786 bens, incluindo produtos agrícolas, como azeite, nozes ou cacau de São Tomé e Príncipe.
Esta política, avança um documento a que a Lusa teve acesso, visa uma abertura económica baseada numa abordagem com benefícios mútuos e que ajude os países menos desenvolvidos.
Citado pelo jornal oficial Global Times, He Wenping, o director da Secção de Estudos Africanos do Instituto de Estudos da Ásia Ocidental e de África, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, frisou que esta é uma “medida prática” para a China, que planeia importar 300 mil milhões de dólares de produtos oriundos de África, nos próximos três anos.
Em 2021, a China importou mais de cinco mil milhões de dólares em produtos agrícolas de África, um aumento de 18,23%, face ao período homólogo, atingindo um valor recorde.