Cerca de 100 milhões de dólares é o valor que a República Popular da China vai investir no projecto de ampliação e modernização do aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, cujas obras devem arrancar antes do fim deste ano.
A empreitada resulta de um acordo assinado, recentemente, pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros são-tomense, Wuando Castro, e pela conselheira Económica e Comercial da embaixada chinesa naquele país, Hao Qinmei.
“É um investimento de quase 100 milhões de dólares de donativo da parte chinesa. Portanto, é um gesto que muito agradecemos, muito acarinhamos”, afirmou Wuando Castro, que representou o ministro das Infra-estruturas no acto, lembrando que ainda faltam algumas acções a serem feitas do lado são-tomense, nomeadamente a questão da cedência dos terrenos para a instalação do estaleiro de obras para a zona de expansão da pista, resolução da questão dos acessos ao aeroporto, a extensão da rede eléctrica e garantia de água para obra.
“Esse projeto vai permitir que acima de tudo que, de certa forma, nós comecemos a desencravar o país, a criar possibilidade de aterragem de aviões de maior porte, de receber vários voos em simultâneo. Vai permitir a extensão da pista em mais de 600 metros, sobretudo para o mar, vai permitir também a requalificação dos edifícios anexos e o aumento da nossa capacidade de parqueamento de aeronaves”, esclareceu o ministro da Presidência.
Hao Qinmei garantiu, por sua vez, que o acordo ora assinado, que vai permitir dotar as empresas e institutos públicos são-tomenses de maior capacidade no controlo do tráfego aéreo, não é apenas o resultado do trabalho da parte chinesa, mas que também “significa que estamos mais próximos do início da construção do projeto”. Acrescentando, disse acreditar que que com a estreita colaboração entre as duas partes “este dia chegará o mais rápido possível”.
Por causa da Covid-19 e outras situações, o projecto, há muito ambicionado, sofreu alguns atrasos. Entretanto, está próximo de arrancar dentro de pouco menos de seis meses, garantem os signatários do acordo.
Jaime Pedro*
*Com Lusa