A China vai disponibilizar uma ajuda alimentar emergencial a Cabo Verde no valor de 150 milhões de escudos (1,3 milhões de euros), numa resposta ao apelo do Governo cabo-verdiano para fazer face às recentes crises provocadas pela pandemia da Covid-19, o período de seca prolongada que assola o país, bem como a guerra na Ucrânia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional de Cabo Verde informou, em comunicado, que um acordo de troca das notas relativo à atribuição da ajuda alimentar vai ser assinado nesta Terça-feira, 7, na cidade da Praia, num montante de 10 milhões de yuans chineses, equivalente a 150 milhões de escudos cabo-verdianos (1,3 milhões de euros).
“Essa ajuda vai apoiar as autoridades cabo-verdianas na resposta aos desafios ligados à segurança alimentar e nutricional, contribuindo para o aumento da disponibilidade de cereais e estabilidade de preços no mercado nacional”, previu uma fonte da Lusa.
A China tem sido um dos grandes parceiros do desenvolvimento de Cabo Verde nos últimos 40 anos, apoiando, além da alimentação, em diversas áreas, como habitação social, militar, económica, tecnologia, segurança e formação de quadros na cultura e no desporto.
Em 20 de Junho de 2022, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, declarou a situação de emergência social e económica no país devido aos impactos da guerra na Ucrânia, anunciando medidas de mitigação, com um custo total de mais de 80 milhões de euros.
*José Zangui