As contas de balanço da maior empresa angolana, a Sonangol, podem terminar o ano de 2021 a inscrever lucros, de acordo com uma previsão do seu presidente do conselho de administração, Sebastião Gaspar Martins, em entrevista à Bloomberg.
A projecção do líder da companhia petrolífera angolana é sustentada com os últimos desenvolvimentos do mercado petrolífero mundial, que assiste a um aumento quase que sucessivo no preço daquela commodity que responde por mais de 90% das exportações do páis.
“[A empresa irá concentrar-se] em reduzir custos e maximizar as margens comerciais”, avançou o PCA da Sonangol, em resposta às perguntas da agência de notícias financeiras.
Depois de ter fechado as contas de 2020 no vermelho, com um prejuízo recorde de 3 mil milhões de dólares, após a queda das vendas de crude, a empresa petrolífera angolana continua a ser considerada fundamental no esforço do país de impulsionar a produção de petróleo. Aliás, é estratégia oficial que Angola mantenha uma produção superior a 1,1 milhões de barris por dia, após um declínio constante nos últimos cinco anos.
A multinacional angolana espera também, este ano, fazer progressos no sentido de uma Oferta Pública Inicial, além de completar os seus programas de reestruturação e de venda de activos, adoptar integralmente as Normas Internacionais de Informação Financeira e eliminar quaisquer reservas que os auditores ainda possam ter, antes de vender uma participação de até 30%.
“Estamos empenhados em eliminar todos os aspectos que possam impedir a empresa de cotar as suas acções”, garantiu Sebastião Martins, no cargo há quase três anos.