A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) e a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) assinaram um contrato para se desenvolver o maior Commerce Data da CPLP, que se espera venha a ter o maior banco de dados de comércio exterior.
O contrato foi assinado na noite de Segunda-feira, 04, em Lisboa, durante uma conferência que decorreu com o lema “O Atlântico – a Nova Carta do Humanismo”, enquadrada nas celebrações dos 27 anos da CPLP.
Segundo Nelma Fernandes, presidente da CE-CPLP, a base de dados que a ser criada pela Funcex vai medir o que vale a língua económica e o que vale as transações comerciais que acontecem dentro dos países-membros da comunidade.
“A Funcex tem a maior base de dados da América Latina, relativamente aquilo que são as transações comerciais entre os países e nós vamos ter a base de dados da comunidade CPLP. Se nós não conseguimos medir as relações comerciais entre os países da CPLP o que nós temos dentro dos vários sectores da actividade, não conseguimos obviamente avaliar qual é o nosso potencial, o que com esse instrumento passará a ser possível”, disse Nelma Fernandes, acrescentando que “isso é uma das coisas que a CE-CPLP a curto prazo vai priorizar, tendo em conta que a base de dados terá varias fases”.
O presidente da Funcex, António Carlos Silveira, explicou que será implementado e desenvolvido o Comercer Date CPLP, “que terá o maior banco de dados de comércio exterior alguma vez já produzido, tendo realçado que a iniciativa vai servir para auxiliar na conexão comercial entre os países lusófonos e que estão previstos estudos e levantamentos que usarão os dados comerciais dos nove países da CPLP.
“O objecto central é fomentar o comércio dos Estados-membros da CPLP entre si e outros países fora da comunidade. Vamos desenvolver estudos, pesquisas, capacitação, treinamento, formação e assistência técnica no campo de comércio exterior. Como devem saber, não somos inexperientes nestes desafios. Em Março deste a ano a Funcex completou 47 anos de existência e actuando em cenários de grande complexidade no mercado brasileiro e no exterior”, disse.
A conferência “O Atlântico – a Nova Carta do Humanismo”, uma organização conjunta da Agrimútuo, Institut du Monde Lusophone (IMLus) e a CE-CPLP, contou com a presença, entre vários convidados, do filósofo mais antigo vivo e sociólogo francês, de 102 anos de idade, Edgar Morin, tendo reflectido sobre o “Humanismo e a Lusofonia”.