A Sociedade Mineira de Catoca prevê uma queda na sua facturação, em 2022, como consequência de uma provável redução do preço de comercialização do quilate dos diamantes aí produzidos, de acordo com os seus planos de produção para o triénio 2022-2024, bem como o orçamento para o exercício económico de 2022, aprovados pelos seus accionistas durante a 67ª Assembleia Geral de Sócios, realizada recentemente, na Província da Lunda Sul.
Segundo um comunicado da empresa a que a FORBES ÁFRICA LUSOFONA teve acesso, a previsão é que no próximo ano os diamantes produzidos pela Catoca venham a ser comercializados ao preço médio de 110 dólares por quilate, contra os 122,5 dólares praticados este ano no mercado internacional.
Por conta disto, para o próximo ano, estima-se uma redução na facturação na ordem dos 5%, a ser provocada por uma provável baixa do preço do diamante no mercado internacional, de cerca de 10,5 dólares por quilate.
“Em 2021, em consequência de uma quebra da oferta de diamantes no mercado internacional, o preço subiu para 122,5 dólares por quilate e, com o reestabelecer da oferta em 2022, está previsto que os diamantes de Catoca venham a ser comercializados ao preço médio de 110 dólares por quilate”, refere o comunicado.
Nos planos aprovados na 67ª Assembleia geral de Sócios, a empresa prevê também um aumento da produção de diamantes, na ordem dos 7,1%, comparativamente a 2021, em que se espera, até ao final do ano, serem recuperados 5,6 milhões de quilates.
Citado no comunicado, o presidente do conselho de gerência da Sociedade Mineira de Catoca, Benedito Manuel, refere que apesar do contexto de grandes desafios provocados pela pandemia, foi possível manter os níveis de produção e a rentabilidade da empresa.
“Este facto [manutenção dos níveis de produção e rentabilidade], nos orgulha e motiva a continuarmos a trabalhar para que tenhamos uma empresa cada vez mais eficiente e robusta, contribuindo activamente para o desenvolvimento económico e social de Angola”, garante Benedito Manuel.