A CarpinAngola, assente na sua estratégia de diferenciação da concorrência, prepara-se para lançar, no próximo mês de Agosto, um produto inovador no mercado. Trata-se do “Kit Porta e Aro”, um conjunto com todos os acessórios necessários para a sua instalação, que possibilita a quem adquire montar a sua porta sem dificuldade.
O diretor coordenador da CarpinAngola, Carlos Leite, diz, em entrevista exclusiva à FORBES, que o objectivo da empresa é atingir a autonomia na produção local deste tipo de equipamento, no sentido de reduzir a necessidade de importação e garante que o “Kite Porta e Aro” estará disponível para revenda e distribuição em todas as províncias do país.
Além deste novo conceito, a empresa pretende continuar a trabalhar e a desenvolver a sua linha de mobiliário escolar, bem como outros, desde roupeiros, móveis de casa de banho, cozinhas e outras peças soltas.
“A empresa está a trabalhar de forma modular, no sentido de se conseguir adaptar-se facilmente em diversos projectos, formando combinações de acordo com as escolhas dos clientes, cujas tipologias já estão pré-definidas, sendo por isso um produto industrial de custo acessível e de qualidade superior”, refere.
As matérias-primas que incorporam a produção de artigos de carpintaria e mobiliários são provenientes de diversos países. No caso das madeiras maciças, por exemplo, a CarpinAngola recorre essencialmente ao mercado interno e só faz recurso à importação “quando a obra é mais exigente em termos de quantidade ou qualidade da madeira”.
Já quanto aos derivados de madeira, entre os quais placa de fibra de média densidade, como contraplacados, folheados e resinas fenólicas, especifica Carlos Leite, são todos importados, na medida em que, localmente, não existem fabricantes. Todavia, frisa, a matéria-prima de acabamento, como tintas e vernizes, é adquirida internamente.
Crise não abala CarpinAngola
O director coordenador da CarpinAngola revela que, apesar da recessão económica que se verifica no país nos últimos quatro anos, a empresa conseguiu manter os seus níveis de facturação, com um encaixe financeiro anual médio em torno dos 8 milhões de dólares.
A empresa tem realizado trabalhos de carpintaria e mobiliário, quer em edifícios de habitação, quer de escritórios, comerciais, de ensino, casas de espetáculos, edifícios religiosos e unidades hospitalares. Entre as obras já feitas pela CarpinAngola destacam-se a construção da Academia BAI e de todo o espaço envolvente de escritórios, lojas e infra-estruturas de serviços, sendo esta a primeira grande empreitada desenvolvida pela empresa, em 2011/2012, e que a projectou no mercado.
Fazem ainda parte do portfólio vários projectos de habitação e escritórios dentro do grupo Casais Angola, entre os quais as Torres Kianda, na marginal de Luanda, a Escola Francesa de Luanda, a Universidade Católica, os Estúdios ZAP, a fábrica de bebidas da SODIBA, as áreas sociais das barragens de Laúca e Cambambe, hipermercados e retail park’s e, mais recentemente, a remodelação do palácio presidencial, o edifício do Conselho de Ministros.
Em execução este ano estão as obras do Hospital Materno Infantil do Camama (HMIC), a escola Dom Alexandre Cardeal do Nascimento e o edifício Kizela, na Ilha de Luanda.
“A CarpinAngola entra para o ano 2021 com uma grande quantidade de obras em carteira, que nos permite acautelar os objectivos para os quais nos propusemos e, acima de tudo, promover o crescimento da nossa empresa e das pessoas que nos acompanham”, afirma Carlos Leite.
Além do Estado, estão entre os principais clientes da CarpinAngola renomadas empresas de construção civil como a Mota Engil, Griner, Ergicon, Omatapalo, Ingenium, Certave, Noráfrica e Casais Angola.