O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, admitiu esta semana, em Portugal, que o seu país poderá assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), caso essa decisão seja tomada “por consenso” entre os membros.
Já apoiado pelo seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado são-tomense garantiu que, no caso de assumpção dos destinos da comunidade lusófona, trabalharia com todos os países-membros, apesar das dificuldades por que passa aquela ilha.
“As condições materiais nunca estão reunidas, num país como São Tomé e Príncipe, com enormes desafios, em termos materiais e financeiros, quer em termos de recursos humanos. Sabemos que é uma grande responsabilidade e que será partilhada no âmbito de todos nós”, disse Carlo Vila Nova, citado pela Lusa.
Antes, Marcelo Rebelo de Sousa tinha declarado o “apoio total” de Portugal à próxima presidência da CPLP de São Tomé e Príncipe, a partir do próximo ano, declarando tratar-se de “um grande momento” para a organização lusófona.
“É uma acção conjunta, como disse e bem o Presidente português”, sublinhou Carlos Vila Nova, recordando que na CPLP “as grandes decisões, felizmente, são tomadas por consenso”.
Para já, Vila Nova agradeceu “o empenho e a confiança que Portugal deposita em São Tomé e Príncipe neste quadro”.
Em Fevereiro, o Presidente de São Tomé e Príncipe tinha afirmado que o país não tem actualmente condições para assumir a presidência da CPLP, em 2023, remetendo uma decisão final para breve.
“[O assunto] não está fechado porque São Tomé e Príncipe ainda não decidiu”, afirmou o chefe de Estado são-tomense, sobre se o país assumirá a presidência rotativa da organização em Julho de 2023, sucedendo a Angola.
Vila Nova destacou que esta é uma missão “de envergadura, de amplitude”, que implica “coordenar os destinos de vários países congregados numa comunidade”.
“Neste momento, as condições internas do meu país não o permitem”, considerou, ressalvando que os restantes países-membros da CPLP já garantiram que iriam prestar “colaboração total”.