O Estado angolano pretende gastar 80 mil milhões de kwanzas, 92,6 milhões de dólares para capitalizar instituições financeiras, ao mesmo tempo que planeia gastar apenas 39,6 mil milhões de kwanzas, cerca de 45,8 milhões de dólares no ensino técnico profissional, 26,5 mil milhões de kwanzas, cerca de 30,6 milhões de dólares no ensino especial, e meros 33,8 mil milhões de kwanzas, cerca de 39 milhões de dólares, em produtos, aparelhos e equipamentos médicos em todo ano de 2024.
Conforme os dados do Orçamento Geral do Estado (OGE), o Estado angolano aponta para 80 mil milhões de kwanzas, 92,6 milhões de dólares para capitalizar instituições financeiras, nomeadamente o Fundo de Garantia de Crédito (FGC), que recebe 50 mil milhões de kwanzas, 57,8 milhões de dólares o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), que recebe 20 mil milhões de kwanzas, 23 milhões de dólares e ainda o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e o Fundo Angolano de Capital de Risco (FACRA), ambos em 5 mil milhões de kwanzas, cerca de 5,7 milhões de dólares.
As intenções desta capitalização são claras, criar condições para que estas possam dar suporte ao investimento privado, com a diversificação da economia no centro da atenção, mas o valor também chama atenção por ser mais de duas vezes superior aos 39,6 mil milhões de kwanzas, cerca de 45,8 milhões de dólares que o Estado vai gastar em todo o ensino técnico profissional no ano de 2024, por exemplo, e ainda mais de três vezes superior aos 26,5 mil milhões de kwanzas, cerca de 30,6 milhões de dólares que o Estado se predispõe gastar com ensino especial em todo ano de 2024.
Mas o montante gasto com a capitalização não choca só na comparação com o investimento na educação, já que se olharmos para os 33,8 mil milhões de kwanzas, cerca de 39 milhões de dólares que Estado pretende gastar com a compra de “produtos, aparelhos e equipamentos médicos”, percebe-se que com o valor da capitalização podíamos quase triplicar estas compras.