A Candy Factory Angola, empresa de confeitaria, inaugurada nesta Quarta-feira, 26, pretende atingir nos próximos dois anos mais de 20% da quota do mercado nacional, de acordo como o accionista fundador da empresa, Federico Crespo.
A unidade fabril, que conta até agora com um investimento superior a 15 mil milhões de kwanzas (mais de 31,9 milhões de dólares), resulta da parceria entre o grupo NELT, empresa dos países Balcãs no ramo da distribuição e da logística, e a angolana Oxbow, ligada à distribuição moderna.
“Nós temos uma capacidade instalada equivalente a 6.700 toneladas por ano, que representa, na nossa estimativa, cerca de 40% do consumo nacional. A nossa ambição nos primeiros dois anos é atingirmos uma quota de mercado superior a 20%”, disse Federico Crespo,
O empresário de origem francesa e suíça, que vive em Angola há mais de 30 anos, adianta que a Candy Factory Angola está actualmente a atacar o mercado de Luanda, mas o objectivo é, nos próximos dias, chegar às outras províncias e, nos próximos meses, levar os rebuçados, pastilhas elásticas e “sambapitos” aos mercados vizinhos.
Já o accionista e co-fundador do grupo Nelt, Nebojsa Saponjic, revela que a empresa investiu cerca de 20 milhões de dólares na nova indústria de confeitaria porque considera Angola um mercado com grande potencial. “Queremos aproveitar a oportunidade de desenvolvimento de Angola para fazer crescer o nosso negócio em África”, disse o accionista da multinacional que, no ‘continente berço’, está presente em Angola, Moçambique e Zâmbia.
Por sua vez, o ministro angolano da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, que fez o corte da fita que marcou a inauguração oficial da Candy Factory Angola, realçou que “a unidade é mais um pilar” para aquilo que são os objectivos do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).
“O que nós queremos com o Prodesi é o aumento da produção nacional, a diversificação da nossa produção interna, o aumento das exportações e a sua diversificação e a diminuição da importação”, disse Victor Fernandes no acto de inauguração da nova indústria de confeitaria que, nesta primeira fase, empregou 90 pessoas, estando prevista no total a criação de 350 postos de trabalho, directos e indirectos, até 2024.
A inauguração da Candy Factory Angola, localizada na Zona Económica Especial Luanda Bengo (ZEE luanda-Bengo), foi marcada pelo lançamento da sua primeira marca de doces, a Oko. A empresa possui ainda uma academia dedicada a formação dos seus colaboradores.